Lousã- Roteiro de um fim de semana



Como já vos tinha dito, janeiro seria para o Perdido Pelo Mundo, um mês calmo com uma única e curta escapadinha no nosso belo país. A zona escolhida, foi a Serra da Lousã, um local calmo, relaxante, onde as "montanhas de amor" se misturam com a simpatia, a beleza, as cores e os sentidos das aldeias de xisto.

Eu gostei imenso de todas as aldeias que visitei e acho que um fim de semana servirá apenas para conhecer superficialmente esta zona fabulosa no nosso país, certamente terão vontade de lá voltar. Depois de ter ficado rendido a este pequeno encanto no centro de Portugal, venho vos publicar a minha sugestão de roteiro para um par de dias na Serra da Lousã.

Roteiro de Viagem à Serra da Lousã

O primeiro dia começou bem cedo, fizémo-nos à estrada e dirigimo-nos em direção ao interior. A nossa primeira paragem foi a aldeia de Gondramaz. É muito arranjadinha, bonita, modesta e simpática. Esta aldeia, é um dos locais onde pode ficar hospedado e foi nomeada para o concurso das melhores aldeias de Portugal. Gondramaz impressiona, tanto pela palavra amiga de toda a gente e por ser tão simples, tão acolhedora.




Depois de termos visitado esta maravilha no concelho de Miranda do Corvo, fomos almoçar ao Restaurante A Teia, que recomendamos, porque fora das aldeias de xisto, é muito mais barato. Numa refeição, com entradas, sopa, prato principal e sobremesa por cerca de 5 euros por pessoa.

Quando já estávamos com as energias renovadas, fomos à descoberta das aldeias do concelho da Lousã. Existem bastantes, e nós visitámos grande parte delas, exceto a Cerdeira, que foi a única que não tivemos essa oportunidade, devido à escassez de tempo. O Chiqueiro foi a primeira que visitámos, que  é famosa, pela sua entrada, onde estão as letras do projeto de um grupo anónimo "Isto é Lousã", e claro foi lugar de inúmeras fotos.  A aldeia em si é simples, pequena e acolhedora. Embora não  a tenhamos amado, sem dúvida tem o seu carisma e claro, a sua beleza. O xisto e as plantas da aldeia, fazem um contraste maravilhoso.



Depois da simplicidade da aldeia do Chiqueiro, fomos até à mais famosa, a mais visitada, a mais falada e para mim, a mais bonita, o Talasnal. Para além da beleza já evidente nesta aldeia serrana, o seu toque romântico, designado "Montanhas de Amor", sente-se e vê-se em muitos locais. No xisto predominante em todas as construções, já se encontra diversos alojamentos, tabernas, lojas de recordações e muito mais turismo. E claro, como a gastronomia também conta, existe o Restaurante Ti Lena, um ótimo pretexto para lá ir, mas é necessário a marcação antecipada. Também temos as queijadinhas do Talasnal, essas sim provámos e recomendamos.




Bem pertinho do Talasnal está o Casal Novo, que para nós foi a menos interessante de todas. O melhor foi sem dúvida a vista para a serra, mas não acho que seja uma das paragens obrigatórias numa estadia curta por estes lados.




Já perto do fim do dia, fomos visitar a última aldeia, o Candal. Recebeu-nos iluminado, com as suas luzinhas, que foi um cenário perfeito. Fizemos uma visita rápida, porque já estava próximo da noite, e lanchámos um bolinho no café Sabores da Aldeia. Foi uma das que mais gostei, e se calhar por ter sido visitada nesta altura do dia, deu-lhe um toque especial.





Neste dia, restou-nos ir até a Aigra Velha, onde ficámos hospedados na Casa Banda de Além, que recomendamos profundamente.

O amanhecer na Lousã é lindíssimo! Abrimos as janelas, olhámos para a frente e depará-mo-nos com uma paisagem soberba. Descansámos muito no dia anterior, pois nesta manhã íamos puxar muito pelos músculos pois íamos fazer uma grande caminhada, de 4 horas, onde atravessaríamos todas as aldeias de xisto do concelho de Góis, Aigra Velha, Pena, Comareira e Aigra Nova.




Começámos por explorar a pequena aldeia de Aigra Velha. Esta é muito pequena, e a casa onde ficámos é uma das três únicas habitadas. Fomos explorar as ruas , ver as fontes e contemplar as vistas neste paraíso serrano.




Depois apanhámos o trilho que iria até à aldeia da Pena. Pelo caminho, sente-se o verde da floresta, ouvindo a água a correr, o sossego reina neste lugar! Éramos os únicos que estávamos a percorrer este trilho maravilhoso.




Quando chegámos à aldeia da Pena, ficámos radiantes com a simples beleza e honestidade. Gostámos, principalmente da sua identidade, pela vista para os penedos de Góis e pelas suas ruas estreitas.  A Pena é  simples, modesta e fantástica.





Prosseguindo com a caminhada, fomos em direção à aldeia da Comareira. Esta parte do repercusso, para além de ser a mais longa, é também a mais bela. Vale muito a pena ver as paisagens serranas e poder inspirar o ar puro, sossegar a mente e relaxar.




Quando chegámos à Comareira, foi uma agradável surpresa. Bastantes amigos de quatro patas foram ter connosco, e nós adorámos a companhia. Pode ser das aldeias mais pequenas, mas foi das mais genuínas, alegres e que nos marcou bastante pela alegria do seu povo (fauna). 





Continuando a percorrer o trilho maravilhoso, faltavam apenas 20 minutos para chegar a Aigra Nova. Pelo caminho, as marcas das aldeias de xisto, em que nos sentíamos uns verdadeiros exploradores desta zona fantástica. 



Quando chegámos a Aigra Nova, depará-mo-nos com um visual deslumbrante. Uma aldeia mais desenvolvida, com algumas lojinhas e um restaurante. Mas à semelhança de quase todas as outras, não tinha vida humana, apenas uns cães e cabras que estavam a rondar e que por acaso nos levaram pelo trilho até casa. Aigra Nova é fabulosa, e dos principais pontos de interesse, destaca-se a  Poça dos Bois. 





No final desta curta visita, fomos na direção de casa, onde almoçámos perto das 2 horas da tarde. Descansámos um bocadinho da dura caminhada, tomámos um duche pois a parte da tarde já estava reservada a uma visita.


Depois de almoço, fomos até ao Castelo da Lousã, um fabuloso local, perto da Praia Fluvial da Nossa Senhora da Piedade e do Santuário de Nossa Senhora da Piedade. Lá, encontramos um dos baloiços, que está no top 13 dos mais bonitos baloiços do mundo. É fabuloso e claro, um outro motivo para  ir a este local é almoçar no restaurante O Burgo, eu não fui devido à necessidade de marcação antecipada.


Logo a seguir, fomos em direção ao local mais turístico da Lousã, o Alto do Trevim, para assistirmos ao pôr-do-sol magnífico. O baloiço é maravilhoso, mas acho que o excesso de pessoas no local faz com que se torne menos bonito. Mas, não deixa de ser espetacular, o pôr-do-sol é surpreendente e baloiçar com uma vista infinita para a serra é espantoso. Não há mais palavras para descrever a beleza deste local, mas claro imagens há muitas.





Foi doce descobrir mais um pequeno encanto em Portugal, e quanto mais viajo mais me apercebo que o país mais bonito do mundo é mesmo o nosso. E que gastando pouco dinheiro podemos conhecer locais fantásticos, como a Serra da Lousã. Mas quanto ao dinheiro, em breve sairá o orçamento de um fim de semana na Serra da Lousã.

Eu já me perdi na Serra da Lousã, e tu também te queres perder?

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